Mediado por Joziléia Kaingang, evento busca fortalecer o protagonismo e diversidade do movimento indígena de mulheres no Acampamento Terra Livre
Como forma de celebrar e fortalecer a atuação das mulheres indígenas na defesa de direitos, territórios e modos de vida, na próxima quarta-feira (09/04), às 11h, a Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) e o Instituto Socioambiental (ISA) promovem a roda de conversa “Quem faz as organizações de mulheres indígenas?”.
Acompanhe a cobertura do ISA no ATL 2025

O evento será na tenda da Anmiga, durante a 21ª edição do Acampamento Terra Livre, a maior mobilização indígena do país que acontece entre os dias 7 e 11 de abril. Sob o tema “Apib Somos Todos Nós: Em Defesa da Constituição e da Vida”, o ATL deste ano celebra os 20 anos da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e deve reunir cerca de oito indígenas de mais de 200 povos do Brasil e do mundo.
Com mediação de Joziléia Kaingang, diretora-executiva da Anmiga, o debate reunirá lideranças dos seis biomas brasileiros como Elisa Pankararu, coordenadora na Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), da Caatinga; Val Eloy, ativista do povo Terena e co-fundadora da Anmiga, do Pantanal; O-é Kaiapó, liderança, assistente social e co-fundadora da Anmiga, da Amazônia; Kerexu Yxapyry, co-fundadora da Anmiga e liderança da Terra Indígena Morro dos Cavalos, da Mata Atlântica; e Watatakalu Yawalapiti, ativista, empreendedora e integrante do Movimento das Mulheres Indígenas do Território do Xingu (MMTIX) e da coordenação de mulheres da Associação Terra Indígena Xingu (ATIX Mulher).

A conversa surge a partir do Mapa das Organizações das Mulheres Indígenas no Brasil 2024, lançado no último ano.
Uma realização da Anmiga em parceria com o ISA, o Mapa é um levantamento inédito, que reúne, além das organizações de mulheres, artigos que se debruçam sobre a forma, as pautas e as motivações das mulheres indígenas organizadas e também como a Anmiga tem desenvolvido conceitos próprios para pensar o presente das mulheres indígenas na política.
O Mapa identificou a presença de 241 organizações em todos os estados brasileiros e o crescimento em mais de duas vezes do movimento organizado das mulheres indígenas no Brasil.
A roda colocará em pauta as diferentes formas e razões que levam as mulheres indígenas a se mobilizarem. Outro tema que será debatido, a partir de dados dos recentes relatórios desenvolvidos pelo ISA sobre o desmatamento nos biomas Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica e Pampa, é a importância das mulheres na gestão territorial e na recuperação das áreas desmatadas.
Sobre a Anmiga
Articuladora da Marcha das Mulheres Indígenas e parceira na produção do mapa, a Anmiga é uma organização de mulheres originárias dos seis biomas do País – Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal. Por meio de uma construção coletiva, elas buscam fortalecer a luta pelo bem viver e por seus territórios, a partir do protagonismo das mulheres e da valorização de seus saberes tradicionais.
Serviço
O quê? Roda de Conversa: “Quem faz as organizações de mulheres indígenas?”
Onde? Tenda da Anmiga no 21º Acampamento Terra Livre, que será sediado no Complexo Cultural da Funarte, em Brasília.
Quando? Na quarta-feira, dia 9 de abril, às 11h
Contato: Mariana Soares (marianasoares@socioambiental.org)