Publicação será lançada em Brasília e São Paulo, simultaneamente, na próxima sexta (7), às 19h. São 23 artigos de pesquisadores e especialistas de organizações a sociedade civil
Entre pesquisadores, ambientalistas, sociedade civil e grande imprensa, é consenso que o governo Bolsonaro é o pior para o meio ambiente e para os povos tradicionais no Brasil desde a redemocratização.
O impacto nas Unidades de Conservação (UCs) é evidente. Entre 2018 e 2021, o desmatamento nas UCs da Amazônia subiu de 76 mil hectares para 140 mil hectares, um acréscimo de 45%, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Entre 2019 e 2021, período da atual administração com dados já consolidados, a taxa bateu três recordes sucessivos, todos acima de 100 mil hectares, acompanhando a alta das taxas gerais de destruição da floresta no mesmo período. Um hectare corresponde a mais ou menos um campo de futebol.
Na próxima sexta-feira (7), às 19h, o ISA lança o livro “Como proteger quando a regra é destruir”, que avalia a situação atual, perspectivas e desafios do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUCs), considerando o contexto de desmonte da política ambiental promovido pela gestão Bolsonaro.
A publicação é organizada por Nurit Bensusan e Antonio Oviedo, ambos assessores do ISA, e editada pela editora Mil Folhas, do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB). O lançamento será feito simultaneamente em São Paulo e Brasília, com debates com a participação de alguns dos autores dos artigos do livro (mais informações ao final do texto).
Em 23 artigos de pesquisadores e técnicos de organizações a sociedade civil, o livro analisa o papel das UCs na proteção da floresta; o panorama de ameaças a elas, como a grilagem de terras e o garimpo ilegal; estratégias de monitoramento; a situação das comunidades tradicionais e a importância de seus conhecimentos para a conservação e o equilíbrio climático; as áreas protegidas marinhas, entre outros.
“Enquanto insistirmos em transformar esse planeta convidativo em um mundo hostil para nós mesmos, não haverá futuro, nem país. É essencial recuperar estratégias e possibilidades de proteger a biodiversidade e os modos de vida de povos e comunidades que garantem a persistência dessa biodiversidade”, aponta Bensusan. “Mas não basta recuperar as políticas e instituições, temos que fazer mais, temos que reinventar a conservação para além da visão tecnocrática e colonial”, completa.
Esperança
“Nunca tivemos tantas invasões de áreas protegidas, tantas propostas de mudança nas normas e leis visando fragilizar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação; nunca antes tantos tomadores de decisão se posicionaram de forma aviltosa contra a conservação da natureza; nunca se registraram tantos atentados contra bens públicos relacionados à conservação ambiental no Brasil”, denuncia a assessora do ISA Adriana Ramos na apresentação da obra.
“Ainda assim, é nas áreas protegidas que residem as maiores esperanças do país quanto à proteção do patrimônio natural e ao cumprimento de compromissos e acordos internacionais visando à conservação da biodiversidade e o
enfrentamento das mudanças climáticas”, continua.
Serviço
Como proteger quando a regra é destruir
Lançamento simultâneo em São Paulo e Brasília
Sexta, 07/10 - 19h
Locais
São Paulo
Floresta no Centro, Galeria Metrópole, 2º mezanino, Centro
Debate com Antonio Oviedo (ISA), Sueli Ângelo Furlan (USP), Cláudio Maretti (USP) e Mariana Napolitano (WWF-Brasil)
Brasília
Memorial Darcy Ribeiro , campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB), Asa Norte, Plano Piloto.
Debate com Nurit Bensusan (ISA), Mauricio Guetta (ISA) e Ana Paula Prates (Instituto Talanoa)
O livro poderá ser comprado em:
Loja virtual do ISA | @socioambiental
Livraria Virtual do IEB e Editora Mil Folhas
Loja do ISA, Floresta no Centro, Centro de São Paulo
Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB); CLN 211 – Bloco B, sala 101-102, Asa Norte, Brasília