Portaria publicada, hoje (10), determina tempo insuficiente para proteger o território de indígenas isolados em Roraima
Hoje (10), foi publicada portaria que renova a restrição de uso da Terra Indígena (TI) Pirititi, no sul de Roraima, por apenas seis meses. Esse tempo é insuficiente para garantir os processos de retirada de invasores, enquanto isso, madeireiros e grileiros continuam avançando sob o território dos indígenas isolados da área.
Conforme relatório divulgado, ontem (9), pelo ISA, o desmatamento acumulado no território já atingiu 2.240 hectares e representa mais de 1 milhão de árvores derrubadas. O número toma como base a série histórica dos dados do sistema Prodes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que calcula a taxa de desmatamento oficial da Amazônia, complementados pelo sistema Sirad na TI Pirititi, a partir de abril de 2020 (acesse o relatório completo).
Isolados ou Dizimados
A campanha “#IsoladosOuDizimados” alerta para o risco que quatro povos indígenas isolados de quatro áreas diferentes no país correm, caso o governo federal não tome providências legais para a proteção desses territórios.
Até dezembro de 2022, as TIs Pirititi (RR), Jacareúba-Katawixi (AM), Piripikura (MT) e Ituna-Itatá (PA) estarão desprotegidas, pois os dispositivos que garantem sua sobrevivência, as Portarias de Restrição de Uso, vão vencer.
A campanha tem o objetivo de recolher assinaturas através de uma petição para pressionar a Funai a renovar as portarias e avançar com os processos de demarcação definitiva dos territórios. Acesse a petição